Hoje, o Rio Negro está com 16 metros e 52 centímetros - 4 metros a menos que o mesmo período do ano passado. No Amazonas, todos os 62 municípios estão em situação de emergência e mais de 460 mil pessoas estão sendo afetadas.
A estiagem está secando rios que são importantes vias de transporte na região metropolitana de Manaus. É em um porto que a população ribeirinha da Região Metropolitana de Manaus deixa suas canoas para comprar alimentos e insumos na cidade.
Como o Rio Negro está secando rápido, as canoas e lanchas estão atracando cada vez mais longe da margem. A Laudicéia Damasceno mora em uma comunidade que está praticamente isolada. Ela e o marido compraram os últimos produtos que faltavam para o estoque montado para enfrentar a seca.
"Ali dentro, embaixo daquela roupa, vai um pouco de carne, uns ovos e umas verduras lá dentro", conta a artesã.
Eles vão ficar em casa até a seca passar. Por causa dos bancos de areia que estão tomando o espaço das águas, a volta pra casa vai levar quatro horas - o que, numa época normal, demoraria 40 minutos.
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Neste sábado (14), o Rio Negro está com 16 metros e 52 centímetros. Na mesma data do ano passado, estava com quatro metros a mais. Segundo o monitoramento do governo do Amazonas, a estiagem começou em junho, dois meses antes do previsto.
Todos os 62 municípios estão em situação de emergência e mais de 460 mil pessoas estão sendo afetadas. Várias comunidades e cidades do interior já enfrentam problemas de falta de alimentos e água potável.
Em Careiro da Várzea, a 23 km de Manaus, a Defesa Civil diz que praticamente toda a população está sofrendo com a estiagem. A prefeitura está encaminhando ajuda humanitária às comunidades rurais, como cestas básicas e água.
Fotos: Reprodução/TV Globo
Em boa parte do Rio Curari, um dos braços do Rio Solimões já é possível andar pelos bancos de areia e para navegar, só se forem em pequenas embarcações, como canoas.
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No trecho que era rio, o agricultor Lucas Silva Nascimento caminha debaixo do sol de quase 40°C: "Estou indo trabalhar. A gente andava de canoinha, agora, como você pode ver, secou tudo e não tem mais condições. Tem que andar, enfrentar a natureza", diz Lucas.
Fonte: G1