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25/04/2023

Mudanças climáticas: o rápido e recente aquecimento dos oceanos que alarma cientistas

Foto: Reprodução

Um aquecimento recente e rápido dos oceanos do mundo alarmou os cientistas preocupados com a possibilidade de as mudanças climáticas estarem auto acelerando.

Um aquecimento recente e rápido dos oceanos do mundo alarmou os cientistas preocupados com a possibilidade de as mudançsa climáticas estarem se acelerando.

 

Este mês, a superfície global do mar atingiu um novo recorde de temperatura. O oceano nunca havia esquentado tanto em tão pouco tempo. Os cientistas não entendem exatamente por que isso aconteceu.

 

Mas eles temem que, combinado com outros eventos climáticos, a temperatura mundial possa atingir um novo patamar preocupante até o final do próximo ano.

 

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Especialistas acreditam que um forte El Niño — um fenômeno climático que aquece o oceano — também ocorrerá nos próximos meses.

 

Um aquecimento recente e rápido dos oceanos do mundo alarmou os cientistas preocupados com a possibilidade de as mudançsa climáticas estarem se acelerando.

 

Este mês, a superfície global do mar atingiu um novo recorde de temperatura. O oceano nunca havia esquentado tanto em tão pouco tempo. Os cientistas não entendem exatamente por que isso aconteceu.

 

O recente aquecimento dos oceanos alarma cientistas - 25/04/2023 - Ambiente  - Folha

 

Mas eles temem que, combinado com outros eventos climáticos, a temperatura mundial possa atingir um novo patamar preocupante até o final do próximo ano.

 

Especialistas acreditam que um forte El Niño — um fenômeno climático que aquece o oceano — também ocorrerá nos próximos meses.

 

Oceanos mais quentes podem provocar a morte da vida marinha, levar a condições climáticas mais extremas, elevar o nível do mar e reduzir a absorção de gases de efeito estufa que aquecem o planeta.

 

Aquecimento acelerado e recorde dos oceanos em abril alarma cientistas

 

Um novo estudo importante, publicado na semana passada com pouco alarde, destaca uma novidade preocupante.

 

Nos últimos 15 anos, o calor acumulado na Terra aumentou em 50%, com a maior parte do excesso indo para os oceanos.

 

Isso está tendo consequências no mundo real — não apenas a temperatura geral dos oceanos atingiu um novo recorde em abril deste ano, como em algumas regiões a diferença em relação ao longo prazo foi enorme.

 

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Em março, as temperaturas da superfície do mar na costa leste da América do Norte chegaram a ser 13,8°C mais altas do que a média de 30 anos, entre 1981-2011.

 

"Ainda não está bem estabelecido por que uma mudança tão rápida e tão grande está acontecendo", disse Karina Von Schuckmann, principal autora do novo estudo e oceanógrafa do grupo de pesquisa francês Mercator Ocean International.

 

"O calor no sistema climático dobrou nos últimos 15 anos. Não consigo dizer que isso seja (fruto de) mudanças climáticas, ou variabilidade natural ou uma mistura das duas coisas. Ainda não sabemos. Mas observamos essa mudança."

 

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Um fator que pode estar influenciando o nível de calor que chega aos oceanos é, curiosamente, a redução da poluição causada pelo transporte marítimo.

 

Em 2020, a Organização Marítima Internacional implementou um regulamento para reduzir o teor de enxofre do combustível queimado pelos navios.

 

Isso teve um impacto rápido, reduzindo a quantidade de partículas de aerossol liberadas na atmosfera.

 

Mas os aerossóis que sujam o ar também ajudam a refletir o calor de volta ao espaço. Removê-los pode ter provocado a chegada de mais calor às águas.

 

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Fotos: Reprodução

 

Outro fator importante que preocupa os cientistas é o fenômeno climático conhecido como El Niño Oscilação do Sul.

 

Nos últimos três anos, esse evento natural esteve em uma fase mais fria chamada La Niña e ajudou a manter as temperaturas globais sob controle.

 

Mas os pesquisadores agora acreditam que um forte El Niño está se formando, o que terá implicações significativas para o mundo.

 

"O modelo do Bureau of Meteorology da Austrália [a agência australiana de meteorologia] aponta fortemente para um forte El Niño. E todos os modelos climáticos têm apontado uma tendência nesse sentido", disse Hugh McDowell da agência.

 

McDowell alertou que as previsões neste momento do ano são menos confiáveis. Outros pesquisadores são mais otimistas.

 

Um El Niño costeiro já se desenvolveu nas costas do Peru e do Equador e os especialistas acreditam que um evento totalmente formado se seguirá com implicações para as temperaturas globais.

 

"Se um novo El Niño acontecer, provavelmente teremos um aquecimento global adicional de 0,2-0,25°C", disse o Dr. Josef Ludescher, do Instituto Potsdam de Pesquisas Climáticas.

 

"O impacto na temperatura diminui alguns meses após o pico de qualquer El Niño, então é por isso que 2024 será provavelmente o mais quente já registrado."

 

O El Niño provavelmente afeterá os padrões climáticos em todo o mundo, enfraquecerá as chuvas de monções e causará mais incêndios florestais na Austrália.

 

E há consequências ainda mais preocupantes. À medida que mais calor chega ao oceano, as águas se tornam menos capazes de armazenar o excesso de energia.

 

O calor contido nos oceanos não fique lá.

 

Vários cientistas entrevistados nesta reportagem não quiseram falar quais seriam as implicações disso.

 

Um deles disse estar "extremamente preocupado e completamente estressado".

 

Algumas pesquisas mostraram que o mundo está aquecendo em saltos, onde pequenas mudanças ao longo de um período de anos e depois há saltos repentinos para cima, como degraus em uma escada, intimamente ligados ao desenvolvimento do El Niño.

 

Há alguma esperança nesse cenário, segundo Karina Von Schuckmann. As temperaturas podem cair novamente depois que o El Niño diminuir.

 

"Ainda temos uma janela onde podemos agir e devemos usar isso para reduzir as consequências", disse ela à BBC News.

 

Quais são os impactos do aquecimento dos oceanos?A temperatura média da superfície dos mares do mundo aumentou cerca de 0,9°C em comparação com os níveis pré-industrialização — com 0,6°C tendo subido só nos últimos 40 anos.

 

Isso é menor do que o aumento da temperatura do ar sobre a terra — que aumentou mais de 1,5°C desde os tempos pré-industrialização. Isso ocorre porque é necessária muito mais energia para aquecer a água do que a terra e porque os oceanos absorvem o calor muito abaixo de sua superfície.

 

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Mesmo esse aumento médio aparentemente pequeno tem consequências significativas no mundo real. 

 

Fonte: G1

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