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14/07/2021

Nasa descobre dois novos lagos de água derretida sob o gelo da Antártida

Foto: Reprodução

Os cientistas combinaram dados coletados pelo satélite ICESat, lançado em janeiro de 2003, com sua missão subsequente, a ICESat-2, lançada em setembro de 2018.

Um novo estudo conduzido pela Nasa revela a descoberta de dois novos lagos de água derretida sob o gelo da Antártida. A novidade serve para aprofundar ainda mais um conhecimento já meio antigo da região mais fria do Pólo Sul.

 

Os cientistas combinaram dados coletados pelo satélite ICESat, lançado em janeiro de 2003, com sua missão subsequente, a ICESat-2, lançada em setembro de 2018.

 

Como a segunda missão contava com um satélite de observação mais preciso do que o seu antecessor, os especialistas conseguiram dados altímetros nunca antes obtidos, levando a novas conclusões.

 

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Há mais de uma década, a Nasa já havia descoberto lagos na Antártida, quando a análise dos dados coletados pelo ICESat mostraram que as variações na elevação das massas de gelo na região eram provenientes de movimentos de água posicionada sob a camada. Entretanto, pensava-se que essas partes de água líquida eram isoladas – uma porção aqui, outra ali.

 

Em 2007, porém, foi descoberto que os movimentos da água se davam por uma rede subterrânea, com câmaras que se enchiam e se esvaziavam antes que seus conteúdos escoassem para o oceano do extremo sul.

 

Agora, com a missão ICESat-2, os cientistas conseguiram uma visão mais detalhada dessas conexões, descobrindo, ainda, dois novos lagos que passaram despercebidos anteriormente.

 

“O ICESat-2 é como se você colocasse um par de óculos após usar o primeiro ICESat – os dados são de uma exatidão tão alta que nós podemos começar a mapear os limites desses lagos pela superfície”, disse o glaciologista Matthew Siegfried, da Escola de Minas do Colorado.

 

Junto de sua equipe, Siegfried compilou dados do ICESat, ICESat-2 e também do CryoSat-2, um satélite de observação da Agência Espacial Europeia (ESA), contemplando o período de 2003 a 2020, para monitorar lagos ativos subglaciais de forma a compensar o vazio de tempo do ICESat-2 – basicamente, o tempo que o satélite leva para sobrevoar a mesma área de novo.

 

“A deformação da superfície por causa dos lagos subglaciais se enchendo e se drenando oferece uma das poucas janelas remotamente acessíveis [de estudo] sobre sistemas aquáticos basais. Esses sistemas estão escondidos a até quatro quilômetros [4 km] de gelo e ainda são umas das maiores incertezas físicas de projeção da dinâmica das camadas de gelo”, disseram os pesquisadores em seu paper.

 

“A altimetria a laser do ICESat-2 não apenas amplia a avaliação dos lagos subglaciais, como também oferece melhor compreensão do processo hidrológico ao capturar detalhes espaciais mais densos e mais precisos”.

 

As informações corroboram um estudo de algumas semanas atrás, autorado pela glaciologista Helen Fricker (que, aliás, também está envolvida no paper atual), que indicava uma drenagem executada “em questão de dias” no lado leste da Antártida. As descobertas dos dois novos lagos se deram no lado oeste.

 

Em outras palavras, houve uma movimentação massiva de água sob a camada de gelo. E eventualmente, pensam os cientistas, isso tudo deve escapar para o oceano, reiniciando o processo:

 

“Esses são movimentos que ocorrem sob a Antártida, sobre os quais não teríamos nenhuma pista sem os dados de satélite”, disse Fricker. “Nós estamos lutando para obter boas previsões sobre a Antártida, e instrumentos como o ICESat-2 nos ajudam a observar essa escala processual”.

 

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Fonte: Olhar Digital

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