Jair Bolsonaro
*Por Lúcio Carril - Os governos do PT foram marcados por uma composição política heterogênea, onde participavam partidos de esquerda, de centro e de centro-direita. Formou-se um bloco duvidoso, suspeito, que deu no que deu, com o PMDB capitaneando o golpe.
Penso que a formação de um bloco político amplo não foi equivocada, mas houve erro na concepção de hegemonia, ao deixarmos que os partidos de elite tomassem conta do governo.
Uma coisa é certa: não foi um governo marcado pela dominação ideológica. Pelo contrário, a disputa ideológica dentro do governo foi dura e permanente.
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Faço esta introdução para mostrar que a ideologização é dominante politicamente no atual governo, com perfil de uma extrema-direita raivosa e sordidamente atrasada, onde valores como o machismo, a misoginia, o racismo e a violência cultural predominam.
Neste sentido, trata-se de uma gestão ideológica e única. Quem não se enquadra minimamente é defenestrado, seja aliado ou não. Desde o início tem sido assim.
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Então, caro bolsominion que chafurda na lama da ignorância, não venha condenar a dominação ideológica de ontem, que não houve, quando teu governo é marcado pelo domínio do pensamento único e uma prática do mal que o une.
**Lúcio Carril é sociólogo, ex-secretário executivo da Secretaria de Política Fundiária do Estado do Amazonas, ex-delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.