Ídolo do basquete se mostrou descontente com as atitudes do presidente em relação ao combate da pandemia
O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt revelou em uma entrevista concedida à Patrícia Calderón, para o portal ‘UOL Esportes’, que estaria arrependido de ter votado em Jair Bolsonaro.
O ídolo do basquete, se mostrou descontente com as atitudes do presidente em relação ao combate da pandemia e disse que ele só tem demonstrado um total despreparado para comandar o país.
Atualmente o ex-jogador de 62 anos, luta contra um câncer e passa a maior parte do seu tempo isolado em sua confortável casa em Alphaville, na grande São Paulo, junto com a esposa, Maria Cristina e uma empregada que mora com eles.
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“É minha obrigação ficar em casa. Esse vírus é perigoso e mata. Estou trancado há três meses, deixando de ganhar dinheiro com eventos, palestras e publicidade por um bem maior que é minha saúde e o Brasil. Sou um soldado do meu país, e se preciso for, entro na guerra também”, disse ele.
Segundo Oscar, ele ainda precisa trabalhar, e muito, para “não morrer de fome” e que tem dividido seu tempo entre se isolar da pandemia e tratar do seu câncer.
A entrevista foi dada através de um aplicativo de videoconferência e o ex-atleta fez questão de dizer que está muito descontente com as atitudes de Bolsonaro.
“Eu votei no Bolsonaro, tinha um otimismo danado nele, muito mais que a maioria das pessoas. Mas todos os dias o cara dá chance pro azar. Eu achei que seria diferente. Confiei e me arrependi”, disse.
Para o ex-jogador, e palestrante motivacional, o presidente tem demonstrado que não tem nenhum preparo para ocupar o cargo mais importante do governo.
“Ele tem mostrado ser outra pessoa, com um despreparo danado para ocupar um posto tão importante. É muito triste durante uma pandemia a gente ainda ter que se preocupar com política. Esse vírus não tem partido, ele pode matar qualquer um. E pra quem ainda chama isso de gripezinha, isso me deixa louco”, afirmou Oscar.
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“Eu acho que falta humildade, porque tem gente morrendo e eles querem discutir posições ideológicas. Como o presidente vai a pé do Planalto até o Supremo, fala para mim? Como ele se enfia no meio de uma manifestação? Ninguém aprova isso. Você é exemplo, tem que ser exemplo, meu amigo. Usa a máscara, troca a roupa, deixa o sapato fora de casa. Meu ídolo é o Moro. Como você tira ele do Governo, me diz?”, finalizou.
O Dia
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