*Por Lúcio Carril - Acordar muito cedo virou um hábito, depois de já ter sido somente uma obrigação. No fim de semana sigo o ritmo, mesmo insistindo em permanecer deitado com os olhos fechados.
Eis que saio da cama e começo a limpar a casa, momento que fico refletindo sobre tantas coisas, que vêm como um tsunami varrendo minha mente com pieguices, veleidades e exercícios existenciais. Compartilho uma delas.
Comecei minha militância política muito cedo, com 14 anos de idade; com 15 eu já estava organizado no ilegal e clandestino Partidão. Isso só me trouxe uma limitação na vida (só uma mesmo, mas com real importância): não consigo ver onde se encontra a maldade nas pessoas.
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Quando se trata do mundo objetivo, aquele da teoria marxista, identifico de cara os interesses de classes e as artimanhas políticas; mas passando para as subjetividades, só vislumbro o lado bom dos indivíduos, mesmo que alguns não os tenha.
Isso tem me causado muita tristeza, pois vivo sendo dilacerado pela angústia de descobrir a sordidez humana, vinda de onde acreditei só existir bondade. Assim tem sido a vida, sem que isso me arraste para a desesperança e o desamor.
Quem quiser enganar, mentir, se aproveitar, difamar, ter ódio e inveja, rastejar na lama da maledicência, que o faça, pois insistirei na possibilidade de construção do bem e do amor como matrizes de um mundo melhor.
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**Lúcio Carril é sociólogo, ex-secretário executivo da Secretaria de Política Fundiária do Estado do Amazonas, ex-delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.