16 de Junho de 2024 - Ano 10
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Internacional
11/05/2024

Por que uso de armas da Coreia do Norte pela Rússia na Ucrânia preocupa

Foto: Reprodução

Este destroço de míssil de aparência incomum continha muitas pistas

No dia 2 de janeiro, a inspetora de armas ucraniana Khrystyna Kimachuk recebeu a notícia de que um míssil de aspecto incomum havia atingido um edifício na cidade de Kharkiv. Ela começou a ligar para seus contatos nas Forças Armadas da Ucrânia, desesperada para colocar as mãos no artefato.

 

Em uma semana, os destroços estavam espalhados bem na sua frente em um local seguro na capital Kiev.Ela começou desmontando e fotografando cada peça, inclusive os parafusos e os chips de computador, que eram menores que suas unhas. Ela percebeu quase de cara que não se tratava de um míssil russo, mas o desafio que ela tinha era provar isso.

 

Em meio à confusão de fios e pedaços de metal, Kimachuk avistou uma pequena letra do alfabeto coreano. E, na sequência, se deparou com um detalhe mais revelador."Ouvimos dizer que eles haviam enviado algumas armas para a Rússia, mas pude ver, tocar e investigar (o míssil), de uma forma que ninguém havia sido capaz de fazer antes. Foi muito emocionante", ela me disse por telefone de Kiev.

 

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Desde então, os militares ucranianos afirmam que dezenas de mísseis norte-coreanos foram disparados pela Rússia contra seu território. Eles mataram pelo menos 24 pessoas e feriram mais de 70.Apesar de todo debate recente sobre a suposta preparação do líder norte-coreano, Kim Jong Un, para começar uma guerra nuclear, a ameaça mais imediata é agora a capacidade da Coreia do Norte de fomentar as guerras existentes — e alimentar a instabilidade global.

 

Infográfico mostrando as evidências em destroços do míssil

 

Kimachuk trabalha para a Conflict Armament Research (CAR), uma organização que recupera armas utilizadas na guerra, para descobrir como foram fabricadas. Mas foi só depois de ela terminar de fotografar os destroços do míssil, e de sua equipe analisar suas centenas de componentes, que veio a revelação mais impressionante.O míssil estava repleto de tecnologia de ponta estrangeira. A maioria das peças eletrônicas havia sido fabricada nos EUA e na Europa nos últimos anos.

 

Mapa mostrando embarque e desembarque de carga em navio

( Fotos: Reprodução)

 

Havia até um chip de computador americano fabricado recentemente, em março de 2023. Isso significava que a Coreia do Norte havia obtido ilicitamente componentes vitais para armas, levado estes componentes secretamente para o país, montado o míssil e enviado, também secretamente, para a Rússia, onde foi então transportado para a linha de frente de combate e disparado — tudo isso em questão de meses.

 

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"Esta foi a maior surpresa: apesar de estar sob severas sanções há quase duas décadas, a Coreia do Norte ainda consegue colocar as mãos em tudo o que precisa para fabricar suas armas, e com uma velocidade extraordinária", diz Damien Spleeters, vice-diretor da CAR. 

 

Fonte: Revista Forum

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