02 de Maio de 2024 - Ano 10
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Internacional
14/01/2020

Príncipe Harry teria dificuldade de achar emprego no Rio

Foto: Reprodução

O príncipe poderia ser professor, fazer concurso público ou empreender no Brasil, sugerem especialistas

Aos 35 anos, Henry Charles Albert David, mais conhecido como príncipe Harry, decidiu deixar a posição de membro sênior da família real inglesa para buscar sua independência financeira.

 

Com um currículo digno da pompa que sua família tem, aliado ao seu networking e às heranças a que tem direito, isso não deve ser difícil. Sorte a dele, pois se precisasse procurar um emprego, ao menos no Rio, não seria tão fácil.

 

Com base numa brincadeira feita pelo Grupo Capacitare, o EXTRA elaborou um currículo do Duque de Sussex e o levou, nesta segunda-feira (dia 13), ao Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, para saber dos comerciantes sobre as possibilidades de contratação.

 

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Se dependesse da gerente da loja Muvuca Mônica Rodrigues, de 23 anos, o príncipe não conquistaria uma oportunidade.

 

Ele está buscando sua independência financeira tarde. Acho que, depois de casar com uma mulher independente, ficou com vergonha de ser bancado pelo povo opinou Mônica: Sem contar que o currículo dele não tem nada que o comércio aproveite. Acho melhor fazer um concurso para a área militar ou abrir um negócio.

 

De acordo com dados do IBGE referentes ao terceiro trimestre de 2019, o Estado do Rio de Janeiro tem 1,287 milhão de pessoas desocupadas e 698 mil que trabalham sem carteira de trabalho assinada.

 

Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ), Lucia Madeira, apesar de ser um ótimo candidato, o príncipe demoraria pelo menos seis meses para encontrar uma vaga no país, em posições de gerência ou, pela experiência com voluntariado, na área de responsabilidade social de empresas.

 

As vagas a que ele poderia se candidatar demoram a aparecer, têm muita procura. Além disso, há aqui muitas pessoas qualificadas para esses cargos, diz.

 

Para conquistar posições de alto nível, a gerente de Inserção Profissional da Fundação Mudes, Sueli Fernandes, acredita que algumas habilidades comportamentais que o príncipe parece ter poderiam ajudar, como a elegância no trato com as pessoas; o equilíbrio emocional, já que é piloto; e a habilidade em trabalhar em equipe, visto que é um esportista.

 

Gostar de desafios também é positivo. Podemos compreender essa qualidade, porque ele participou de duas missões no Afeganistão. Além disso, a adaptabilidade, que é fundamental para quem se dedica a trabalhos voluntários, visto que as condições nem sempre são as ideais, explicou.

 

A analista em RH do Instituto Brasileiro Pró-Educação, Trabalho e Desenvolvimento (Isbet), Rafaela Albin, avalia que, pela formação e pela experiência, Harry poderia concorrer a uma vaga de professor de Geografia em escolas bilíngues particulares, ganhando em torno de R$ 4 mil, ou tentar um concurso para capitão da Forças Armadas, com salário de R$ 10 mil. Nesse caso, no entanto, demoraria, pelo menos, dois anos para ser aprovado. Mas, antes, deveria aprender o quinto idioma:

 

Acho que a primeira coisa que deveria fazer é um curso de português.

 

Se nada disso desse certo, Lucia sugeriria empreender na área de turismo.

 

Se ele abrisse um hotel, eu e muitas outras pessoas teríamos interesse em frequentar o local, brincou.

 

A rede de fast food Burger King lançou na Argentina uma “carta” oferecendo empregos ao casal. Disponível no Instagram, o “documento” convida os dois a "fazerem como milhares pessoas e tomarem seus primeiros passos na vida trabalhista com a gente”.

 

Comerciantes do Mercadão de Madureira opinam

 


Marcelo Quental, dono da Quental Bazar, loja de ferramentas, não sabe se seria uma boa ideia contratar o príncipe para trabalhar na loja:

 

Não vejo nele traquejo para vender. Acredito que ele deveria tentar conseguir uma vaga na área de Segurança, que é para a qual ele foi treinado, que tem experiência. Convenhamos que ele não deve entender nada de casa e reparos para vender aqui.

 

Caio Rodrigues, responsável pela charutaria São Jorge, tem a mesma dúvida:

 

Não tenho certeza se faria a contratação de Harry por causa de uns pontos da trajetória dele. Ele é meio rebelde, apesar desses títulos todos. E não sei se seria uma boa ideia contratar um homem que abdicou de uma posição tão alta assim de repente. Talvez quisesse ter o príncipe por perto só para ficar tirando foto com os clientes.

 

Já a Dona da Cordas Comércio, Albertina Jesus, afirma que faria a contratação sem pensar duas vezes.

 

Mesmo que não tenha trabalhado no comércio antes, ele deve aprender rápido. Acredito que ele seria um funcionário disciplinado e que chega na hora, pela cultura e pela educação. O restante, se tiver força de vontade, ele aprende. Ele já fez muita coisa e tomou essa atitude corajosa, disse.

 

Márcia Uezo, Dona da Megadoce, acredita que, pelo posto dele, desde que nasceu, como parte da realeza, é alguém que sabe gerir relações e lidar com o público.

 

É tudo que o comércio pede. A diplomacia dele seria muito útil aqui, porque é preciso ter muito jogo de cintura para atender os clientes, afirmou.

 

Rainha diz apoiar decisão do príncipe

 

 


Após ter se reunido ontem com vários integrantes da família real, a rainha Elizabeth II enviou um comunicado à imprensa britânica dizendo que aprova a escolha de seu neto, príncipe Harry, e da esposa dele, Meghan Markle, de se mudarem para o Canadá e realizarem outros tipos de trabalhos. No entanto, lamentou que preferia que eles continuassem atuando como membros da realeza em período integral.

 

"Minha família e eu apoiamos inteiramente o desejo de Harry e Meghan de criar uma nova vida como uma jovem família", disse a monarca, em comunicado: "Harry e Meghan deixaram claro que não querem depender de fundos públicos em suas novas vidas”.

 

 

Na semana passada, o casal anunciou que deixaria a função de “membros seniores” da família real britânica para buscar independência financeira. A rainha, de 93 anos, não teria sido consultada antes do anúncio de Harry, sexto na ordem de sucessão ao trono.

 

Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira, foi acordado que haverá um período de transição em que os Sussexes passarão tempo no Canadá e no Reino Unido.

 

 

“Assuntos complexos de famílias precisam ser resolvidos, e há muito o que se fazer, mas eu pedi que decisões finais sejam tomadas nos próximos dias”, completou Elizabeth II.

 

William e Harry divulgaram também uma nota oficial desmentindo um boato publicado por um jornal do Reino Unido de que os irmãos, o duque de Sussex e o duque de Cambridge, teriam brigado. 

 

Fotos: Reprodução

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