Ministério da Saúde
Dados do Ministério da Saúde dão conta de que a hemorragia após evento obstétrico é uma das maiores causas de morte materna na região das Américas e a segunda maior causa no Brasil.
Como parte de um esforço coletivo pela estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia (0MMxH), a maternidade Dr. Moura Tapajóz, da Prefeitura de Manaus, em parceria com a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras do Amazonas (Abenfo-AM), realizou, nesta quinta-feira, 9/9, à tarde, uma palestra sobre a prevenção e manejo da hemorragia pós-parto. O tema foi abordado pelo enfermeiro obstetra Said Cabus e o evento teve como público-alvo auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros obstetras.
A estratégia 0MMxH é uma iniciativa do Centro Latino-Americano para Perinatologia, Saúde das Mulheres e Reprodutiva (Clap/SMR) da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em conjunto com o Ministério da Saúde, e é dedicada à prevenção da mortalidade materna por hemorragia pós-evento obstétrico. A estratégia também opera no sentido de dar maior poder de decisão às mulheres, para que seus direitos e suas preferências sejam respeitados.
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A presidente da seção Abenfo-AM, enfermeira obstetra Anne Santos, explica que a associação decidiu estabelecer parcerias com maternidades de Manaus, para qualificar as equipes de enfermagem obstétrica, realizando ciclos de palestras voltados para temas relacionados ao pré-natal, parto e puerpério.
(Foto: Divulgação)
“Tivemos o grande prazer de iniciar essa jornada aqui, realizando a primeira edição do ciclo de palestras na maternidade Dr. Moura Tapajóz e atualizando a comunidade de saúde da unidade sobre esse tema de grande relevância, que é a hemorragia pós-parto, visto que é a segunda principal causa de morte materna no país, ficando atrás apenas da hipertensão”, destaca Anne.
Conforme a diretora da maternidade, enfermeira obstetra Núbia Cruz, para diminuir a morbimortalidade por complicações graves obstétricas é necessário haver fluxos e protocolos efetivos, além do uso de tecnologias avançadas, mas, acima de tudo, é imprescindível a existência de uma equipe de profissionais bem treinados.
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“Para atingir esse objetivo, mesmo com as limitações em razão da pandemia, não paramos de qualificar nossa equipe em nenhum momento. Porque uma mulher que morre não é só um número. É uma família marcada por uma fatalidade, uma história que é interrompida, uma criança que crescerá sem a mãe biológica. E precisamos trabalhar, para que isso não aconteça”, observa.