O motor deveria se reativar para guiar o estágio superior de volta à atmosfera terrestre, mas não funcionou
A SpaceX está investigando um problema com o estágio superior do foguete Falcon 9 que provocou uma reentrada na atmosfera e queda no mar fora da área planejada de descarte após o lançamento de sábado, que levou dois astronautas à Estação Espacial Internacional.
A missão vai “resgatar” a dupla de astronautas que decolaram com a Boeing e ficaram presos no espaço após uma série de problemas com a nave. A FAA, agência reguladora nos Estados Unidos, determinou a proibição de voo até que a investigação seja concluída.
O problema ocorreu após o Falcon 9 ter feito com sucesso a injeção orbital da espaçonave Crew Dragon, que transportava o astronauta da Nasa, Nick Hague, e o cosmonauta russo, Aleksandr Gorbunov, na missão Crew-9 da SpaceX. Hague e Gorbunov chegaram em segurança à estação espacial no domingo para uma estadia de cinco meses no complexo orbital.
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O motor Merlin do segundo estágio do Falcon 9 funcionou por mais de seis minutos para colocar a Crew Dragon em órbita após o lançamento a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O motor deveria se reativar para guiar o estágio superior de volta à atmosfera terrestre, visando seu descarte no Oceano Pacífico Sul, garantindo que o foguete não permanecesse em órbita como lixo espacial.
"Após o lançamento bem-sucedido da Crew-9, o segundo estágio do Falcon 9 foi descartado no oceano como planejado, mas experimentou uma queima de desorbitação fora do padrão. Como resultado, o segundo estágio pousou com segurança no oceano, mas fora da área-alvo. Retomaremos os lançamentos após entendermos melhor a causa raiz", afirmou a SpaceX.
O astrofísico e especialista em voos espaciais Jonathan McDowell sugeriu que o problema mais provável seria uma "queima insuficiente" do motor Merlin, o que teria desviado a trajetória do foguete, causando sua reentrada em uma área mais ao nordeste do local planejado.
Avisos de segurança emitidos antes do lançamento indicavam que o estágio superior do Falcon 9 deveria cair em uma faixa estreita no Pacífico Sul, a leste da Nova Zelândia. Esperava-se que a maior parte do foguete se queimasse durante a reentrada, mas a SpaceX planejou a queda em uma área remota para evitar riscos, pois alguns destroços poderiam sobreviver à reentrada.
Este foi o 15º voo tripulado da SpaceX desde 2020 e o 10º lançamento de astronautas para a Nasa, mas a missão Crew-9 foi diferente das anteriores, com apenas dois astronautas a bordo, em vez dos habituais quatro. Originalmente, a missão incluiria Hague, Gorbunov, Zena Cardman e a astronauta da Nasa Stephanie Wilson.
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No entanto, problemas no voo de teste da espaçonave Starliner da Boeing, que foi lançada em junho, forçaram a Nasa a mudar seus planos. A nave Starliner teve falhas nos propulsores e vazamentos de hélio, o que levou a agência espacial americana a decidir que seria arriscado demais trazer a tripulação de volta à Terra nessa espaçonave.
Fonte:O Globo