Agentes jogam gás de pimenta em manifestantes na Bolívia
Um protesto acabou com ao menos 5 mortos na Bolívia nesta sexta-feira (15). Segundo a imprensa local, eles eram plantadores de folha de coca e apoiadores do ex-presidente Evo Morales. Outras 26 pessoas ficaram feridas e outras 169 foram presas.
No Twitter, a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos ) condenou o uso desproporcional da força e disse que o Estado tem obrigação de garantir o direito à vida e à integridade física daqueles que protestam pacificamente.
Milhares de apoiadores de Evo Morales tentavam chegar à cidade de Cochabamba para se opor ao governo interino de Jeanine Áñez, que se declarou presidente.
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A mobilização foi interceptada no rio Huayllani, perto de Sacaba, onde houve o confronto. Ainda de acordo com a imprensa local, os cinco mortos são: Emilio Colque, Juan López, Omar Calle, César Sipe e uma pessoa não identificada.
Pelo Twitter, Evo, que está asilado no México, pediu "às forças armadas e à polícia boliviana que parem o massacre".
Pedimos a las FFAA y a la Policía Boliviana que paren la masacre. El uniforme de las instituciones de la Patria no puede mancharse con la sangre de nuestro pueblo.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 15, 2019
Foto: Reprodução
Segundo a AFP, o comandante da Polícia de Cochabamba, coronel Jaime Zurita, disse que os manifestantes "portavam armas, escopetas, coquetéis molotov, bazucas caseiras e artefatos explosivos". "Estão usando dinamite e armamento letal como (fuzis) Mauser 765. Nem as forças armadas, nem a polícia têm esse calibre, por isso estou alarmado", acrescentou Zurita.
Jeanine Áñez
Jeanine Áñez declarou nesta sexta-feira que Evo pode voltar ao país de seu exílio no México mas, caso retorne, deverá "responder à Justiça" por irregularidades nas eleições de outubro e por "denúncias de corrupção". "(Morales) Foi sozinho e, se voltar, sabe que tem que responder à Justiça", declarou Áñez. As informações são da France Presse.
"Há um crime eleitoral, há muitas denúncias de corrupção em seu governo", disse Áñez, em sua primeira reunião com a imprensa estrangeira no Palácio Quemado de La Paz, três dias depois de se proclamar presidente interina.
Morales, que governou o país por quase 14 anos, disse quarta-feira no México que está disposto a voltar para "pacificar" a Bolívia. Afirmou ainda que, com sua renúncia, buscou deter a violência no país.
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Relação com Venezuela
O novo governo da Bolívia anunciou a ruptura das relações com o regime de Nicolás Maduro e a expulsão de todos os funcionários da embaixada da Venezuela em La Paz, alegando a suposta interferência deles em assuntos internos do país. A decisão vem um dia após a presidente interina Jeanine Áñez reconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como presidente da Venezuela.
G1