Decisão foi tomada após aumento de casos diários da Covid-19 em Portugal, mas país revida ao afirmar que reino Unido tem 28 vezes mais casos
O Reino Unido organizou um guia de países seguros para viajar, agora que as fronteiras de alguns países europeus estão reabrindo . Dos 50 países escolhidos, Portugal ficou de fora, o que causou desconforto em autoridades do país.
A decisão foi tomada já que Portugal tem registrado alta nos números de casos diários da Covid-19 . Segundo o Centro de Controle de Doenças da União Europeia, o país é o segundo com o maior índice de infecção a cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas da Suécia.
No entanto, o chefe da Associação de Hotéis de Portugal justificou que o aumento de casos está acontecendo em regiões periféricas da capital de Lisboa, uma área não frequentada por turistas. “Isso não foi bem explicado aos ingleses”, afirmou ao The Guardian.
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Autoridades portuguesas revidaram afirmando que o Reino Unido registra 28 vezes mais casos da doença transmitida pelo novo coronavírus. Enquanto Portugal tem 42.782 casos e 1.587 óbitos causados pela Covid-19, o Reino Unido tem 284.276 casos e 44.131 mortes.
No Twitter, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que a decisão “é um absurdo” e discorda da quarentena obrigatória imposta à população que decidir visitar o país.
O The Guardian aponta que, com a decisão, Portugal pode perder cerca de 2,1 milhões de visitantes. A população do Reino Unido é a segunda maior a visitar Portugal, atrás apenas da Espanha.
“Restaurantes foram adaptados, todas as áreas foram desinfetadas, o uso de máscara é obrigatório, hospitais estão preparadas, médicos foram treinados”, disse ao The Guardian o encarregado do departamento de turismo de Algarve, Antonio Pira.
O governo português chegou a afirmar que o aumento no número de casos se deu pelo aumento da testagem em massa. “Fomos penalizados por falar a verdade em um momento em que a transparência importa”, disse João Fernandes, chefe da Região de Turismo de Algarve.
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O ministro das Relações Exteriores, Augusto Santos Silva, espera que o Reino Unido reconsidere a “profundamente injusta e equivocada” decisão feita para barrar visitantes.
iG