01 de Maio de 2024 - Ano 10
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16/06/2021

Remédio da Pfizer reduz em 37% risco de morte por Covid-19, revela estudo feito no Brasil

Foto: Reprodução

Pesquisa do Einstein em parceria com a farmacêutica foi realizada em pacientes hospitalizados

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, vinculado ao Hospital Israelita Albert Einstein, revela que a administração do medicamento ?tofacitinibe reduz em 37% o risco de morte e de falência respiratória em pacientes hospitalizados por causa da Covid-19.

 

Comercializado como Xeljanz, o medicamento atualmente é indicado para o tratamento de artrite reumatoide, artrite psoriásica e retocolite ulcerativa.

 

O estudo desenvolvido pelo Einstein em parceria com a Pfizer, farmacêutica que produz o tofacitinibe, foi realizado em um grupo de 289 pacientes adultos internados em 15 centros de tratamento espalhados por todo o país.

 

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Os resultados demonstraram menor incidência de óbitos ou falência respiratória por causa do novo coronavírus entre pacientes que receberam o fármaco (18.1%) em comparação aos que receberam o placebo (29.0%). A pesquisa observou os participantes pelo período de 28 dias e administrou o tofacitinibe por via oral.

 

Estudo feito no Brasil revela que remédio da Pfizer reduz em 37% risco de  morte por Covid-19 - ISTOÉ Independente

 

Considerado padrão-ouro (randomizado, duplo-cego e com grupo controle), o estudo foi publicado nesta quarta-feira (16) na revista médica The New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas internacionalmente. Ele foi realizado no Brasil pela Academic Research Organization (ARO) do Einstein, em parceria com a Pfizer global.

 

O médico e coordenador do estudo, Otavio Berwanger, afirma que o tofacitinibe foi administrado no segundo estágio da evolução da Covid-19. Ele sucede a manifestação dos primeiros sintomas e ocorre quando o sistema imunológico começa a produzir uma resposta inflamatória exacerbada —é neste ponto em que órgãos como o pulmão e os rins são lesionados.

 

“O sistema imune é ativado ao entrar em contato com o vírus. Só que, em alguns pacientes, essa ativação vai além da conta. É aí que a gente tem uma 'tempestade inflamatória'”, explica Berwanger. “O tofacitinibe age modulando o seu sistema imunológico para prevenir que você faça essa tempestade. Se usado no momento apropriado, ele evita a lesão do pulmão, mas principalmente a falência respiratória [quando há necessidade de ventilação mecânica] e óbitos", segue.

 

O médico destaca que o medicamento foi usado apenas após a internação dos pacientes. E que todos os participantes haviam recebido o diagnóstico de infecção pelo coronavírus por meio do RT-PCR e apresentavam pneumonia em decorrência Covid-19, identificada em exames de imagem.

 

Os testes com o tofacitinibe foram conciliados com corticoides, ou seja, não interferiram no tratamento padrão já adotado pelos hospitais em combate à doença.

 

Remédio da Pfizer reduz em 37% o risco de morte por Covid-19, aponta estudo

Fotos: Reproduções

 

Os eventos adversos observados naqueles que receberam o medicamento foram similares aos dos pacientes que tomaram placebo, o que faz com que seu uso seja considerado seguro pelos pesquisadores.

 

“Não é cura, não é bala de prata, não é o que vai resolver tudo. Soluções mágicas não encontram respaldo na ciência. Mas 37% de redução no contexto que a gente está é muito importante”, comemora o médico Otavio Berwanger. “É um paciente que sai mais cedo do hospital, uma família que não perde um ente, é um leito de UTI desocupado, um paciente que pode ser desenvolvido para a sociedade recuperado.”

 

Berwanger destaca que o estudo não avaliou a resposta do tofacitinibe em casos leves ou graves. "Essas outras perguntas precisariam de um tamanho de amostra [número de pacientes estudados] diferente. É muito bem-vindo que outros grupos façam esses testes", segue.

 

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O Xeljanz é considerado um medicamento de alto custo e é disponibilizado pelo SUS. A Pfizer não abre valores, mas ele pode ser encontrado em farmácias por preços superiores a R$ 5 mil.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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