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04/08/2021

Resumo das Olimpíadas: Ana Marcela reina no mar, mas letões invadem praia do vôlei

Foto: Divulgação

Quarta-feira viu também a estreia do skate park, dominado pelo Japão, exclusão de equipe por contaminação de Covid-19, despedida de Simone Biles e disputa memorável nos 400m com barreiras

 Com mais de 7 mil quilômetros de costa litorânea banhada pelo Oceano Atlântico, é comum pensar que praia e Brasil são sinônimos. Coincidência ou não, o país sempre se deu bem em esportes disputados no litoral.

 

Ana Marcela Cunha é um grande exemplo disso e deu outra prova na madrugada desta quarta-feira.

 

Pentacampeã do mundo na maratona aquática, a nadadora da Bahia, estado de maior faixa litorânea do território nacional, domou a Baía de Tóquio e conquistou o ouro que perseguiu com afinco por quatro ciclos olímpicos.

 

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Uma das belezas da praia, porém, é que ela é pública, de todos. Turistas vêm do mundo inteiro conhecer o litoral brasileiro, e não adianta se incomodar: eles vão invadir as areias.

 

O vôlei de praia brasileiro levou essa lição de forma dolorosa nesta quarta. A modalidade que trouxe 13 medalhas desde sua inclusão no programa olímpico, sempre com pelo menos dois pódios desde Atlanta 1996, viu seu último representante em Tóquio, Alison/Álvaro, eliminado nas quartas de final. Um alerta que o cenário nas areias mudou e é preciso se adaptar.

 

O ouro que faltava

 

Ana Marcela Cunha já tinha vencido tudo na maratona aquática, mas faltava a medalha olímpica. Não somos nós que dizemos isso, mas a própria, que foi quinta em Pequim 2008, perdeu a vaga para Londres 2012 e terminou em 10ª na Rio 2016.

 

A baiana buscava incessantemente o pódio olímpico, e enfim realizou o sonho na Tóquio 2020 com uma prova perfeita. Ela se manteve entre as primeiras colocadas por todo o percurso, assumiu a liderança na penúltima volta e não largou mais. Ouro para a pentacampeã mundial.

 

Foi a oitava medalha feminina do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020, garantindo assim a melhor performance das mulheres brasileiras numa edição de Jogos Olímpicos.

 

Brasil fora no vôlei de praia

 

Pela primeira vez desde que o vôlei de praia entrou no programa olímpico em 1996, o Brasil vai terminar as Olimpíadas sem uma medalha. A dupla formada por Alison, medalha de ouro na Rio 2016, e Álvaro foi eliminada nas quartas de final por Martin Plavins e Edgar Tocs, da Letônia, com uma derrota por 2 sets a 0 (21/16 e 21/19). O mesmo time já havia eliminado Bruno Schmidt/Evandro nas oitavas.

 

Alison e Álvaro estão fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio — Foto: Getty Images

 

Após o revés, Alison desabafou, pedindo mudanças na forma como o vôlei de praia é pensado no país, para que o Brasil recupere o prestígio que já teve.

 

- O mundo está evoluído e nós estamos parados na década de 1990. O mundo está capotando e a gente está parado. O mundo descobriu que é um esporte barato e que traz medalha, e o Brasil está parado no tempo - lamentou.

 

Japonesas dominam o skate park

 

O Japão já pode dizer que é o "país do skate". Depois de dominar o skate street na primeira semana de competição, nesta quarta o país anfitrião começou a disputa do skate park chegando muito perto de um pódio triplo. Sakura Yosozumi e Kokona Hiraki fizeram dobradinha de ouro e prata, e Misugu Okamoto só não completou a trinca porque a britânica Sky Brown, amiga da "Fadinha" Rayssa Leal, tomou o bronze em sua última volta.

 

Kokona Hiraki (esq.) e Sakura Yosozumi (dir.) fizeram dobradinha no skate park — Foto: REUTERS/Mike Blake

 

As brasileiras Dora Varella e Yndiara Asp foram à primeira final da história da modalidade, mas terminaram na sétima e oitava posição, respectivamente. Isa Pacheco fez boa apresentação nas eliminatórias, mas ficou na décima colocação.

 

O que chamou maior atenção na competição, contudo, foi o espírito de camaradagem e diversão das atletas. Após Misugu errar em sua última volta, as demais finalistas a ergueram nos ombros. Além disso, a americana Bryce Wettstein roubou a cena com seu ukulele.

 

Covid-19 tira equipe grega de nado artístico das Olimpíadas

 

Pelo menos 12 pessoas da equipe de nado artístico da Grécia foram retiradas da Vila Olímpica na madrugada de quarta. O motivo são os resultados dos exames da Covid-19, que apontaram cinco infectados na delegação, incluindo quatro atletas. Outros sete membros que tiveram contato direto com os contaminados também foram afastados. As informações foram confirmadas pelo Comitê Olímpico Internacional.

 

Outra final memorável nos 400m com barreiras

 

Se no masculino os 400m com barreiras entrou para a história com os três melhores tempos em Olimpíadas, no feminino a prova também teve emoção e recorde. A americana Sydney McLaughlin deu um sprint final para roubar a medalha de ouro da compatriota Dalilah Muhammad e quebrar o recorde mundial da prova, com 51s46.

 

Simone Biles se despede

 

Não foi da forma que se esperava, mas Simone Biles foi com certeza um dos nomes mais comentados das Olimpíadas de Tóquio 2020. Com sua participação encerrada, a ginasta americana, que levantou uma importante discussão sobre saúde mental e emocional ao desistir de quatro finais, fez um post nas redes sociais avaliando sua participação.

 

"Deixar Tóquio com mais duas medalhas olímpicas para adicionar à minha coleção, não é tão ruim. Sete vezes medalhista olímpica", disse Biles, medalha de prata por equipes e bronze na trave.

 

Brasileiras terminam em nono lugar na vela

 

Um dia após o ouro de Martine Grael e Kahena Kunze, outra dupla feminina brasileira tinha a chance de beliscar um pódio na vela nesta quarta. Mas a missão de Ana Luiza e Fernanda Oliveira na classe 470 era complicada: vencer a "medal race" e ainda secar os barcos da Polônia e Eslovênia para sair com o bronze. Não deu: o time brasileiro terminou a regata na última posição e a competição na nona colocação geral. O ouro ficou com a Grã-Bretanha, a prata com a Polônia e o bronze com a França.

 

Aliás, falando em Martine Grael, herdeira de Torben Grael, uma das britânicas campeãs também seguiu os passos do pai. Eilidh McIntyre repetiu o feito do pai, Michael McIntyre, que há 33 anos subiu no lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de Seul, em 1988.

 

Ingrid Oliveira fora na plataforma 10m

 

A brasileira Ingrid Oliveira não conseguiu classificação à semifinal da plataforma 10m nos saltos ornamentais. Apesar de um bom desempenho nos três primeiros saltos, quando chegou a estar entre as 10 primeiras, a saltadora foi mal nas duas últimas rodadas e terminou na 24ª colocação.

 

Ingrid Oliveira em apresentação nos saltos ornamentais  — Foto: Getty Images/Toru Hanai

 

Americanas vãos às semifinais no basquete

 

As rainhas do basquete deram mais um passo rumo ao heptacampeonato olímpico. A equipe dos Estados Unidos atropelou a Austrália, antiga rival, por 79 a 55 nas quartas de final e avançou à semifinal contra a Sérvia, que bateu a China por 77 a 70. Já são 52 vitórias consecutivas das americanas em Jogos Olímpicos desde a derrota para a Equipe Unificada de Estados Independentes, que reunia antigas repúblicas da desmembrada União Soviética, em Barcelona 1992.

 

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Breanna Stewart (camisa 10) recolhe a bola para fazer mais dois pontos para os EUA contra a Austrália — Foto: REUTERS/Brian Snyder

Fotos: Reproduções

 

Fonte: GE

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