Em uma declaração de apenas 16 minutos à imprensa, respondendo somente a quatro perguntas previamente selecionadas, o ministro citou as cidades de Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo como os locais que mais preocupam
O ministro da Saúde, Nelson Teich, admitiu nesta terça-feira o agravamento da crise do novo coronavírus, com a escalada de casos e mortes da covid-19 em diversas regiões do Brasil, que superou a China em vítimas. O ministro silenciou sobre campanha permanente do presidente Jair Bolsonaro para acabar com medidas de isolamento social.
"Há alguns dias eu coloquei que (o número de mortos e contaminações) poderia ser um acúmulo de casos de dias anteriores que foi simplesmente resgatado, mas como temos manutenção desses números elevados e crescentes, temos que abordar isso como um problema, como uma curva que vem crescendo, como um agravamento da situação", disse Teich.
Em uma declaração de apenas 16 minutos à imprensa, respondendo somente a quatro perguntas previamente selecionadas, o ministro citou as cidades de Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo como os locais que mais preocupam. Ele repetiu que o Brasil tem diferentes quadros da doença, que merecem tratamentos específicos.
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Ao mesmo tempo em que Teich falava por videoconferência no Ministério da Saúde, em uma coletiva anunciada às pressas, nem meia hora antes de ocorrer, o presidente Jair Bolsonaro repetia a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, que deseja o fim das quarentenas no Brasil. Ele disse que tem conversado com associações da indústria sobre o tema, mas afirmou que quem decide sobre assuntos de saúde é o ministro.
Teich reconheceu que a "situação é difícil" e afirmou que o governo federal trabalha para "dar suporte aos Estados e Municípios".
O general Eduardo Pazuello, que será nomeado secretário-executivo do Ministério da Saúde, afirmou que o País deve priorizar envio de respiradores, leitos e equipamentos de proteção a locais mais atingidos pelo vírus. "Mudou a prioridade", disse ele, sem explicar o que efetivamente foi alterado, dado que o ministério já vinha concentrando esforços, logicamente, nas regiões que mais precisam de apoio de pessoal, equipamentos e suprimentos.
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Mais cedo, Teich foi cobrado por governadores do Norte sobre atrasos para entrega de produtos contra a covid-19. Pazuello disse que 185 respiradores serão enviados na quarta-feira, 29, a Estados que atravessam um cenário mais difícil neste momento.
O Dia