NOTÍCIAS
Política
Tribunal do Rio proíbe paródia política de Cálice após ação de Chico Buarque e Gil
Foto: Reprodução

A versão modificada, que visava criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes

Em uma reviravolta judicial que coloca em evidência as tensões entre liberdade de expressão e direitos autorais, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro proferiu uma decisão polêmica que ordena a remoção de uma paródia da icônica música “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil. A versão modificada, que visava criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, foi considerada pela justiça como uma violação dos direitos autorais dos compositores originais.

 

A juíza Admara Falante Schneider, ao acatar os argumentos dos renomados artistas, enfatizou que a modificação não autorizada da obra e sua veiculação pública configuram um cenário de potencial dano. Esta decisão levanta questões cruciais sobre os limites da sátira política e o alcance da proteção aos direitos autorais no Brasil.

 

O caso ganha contornos ainda mais complexos ao envolver o apresentador Tiago Pavinatto, ex-Jovem Pan, conhecido por suas posições políticas controversas. Pavinatto, surpreendido pela decisão, argumenta que a paródia é um direito garantido pela Lei de Direitos Autorais, citando precedentes jurídicos como o caso envolvendo Roberto Carlos e Tiririca.

 

Veja também 

 

A aposta do Planalto sobre o futuro de Silvio Almeida no STF

 

Após demissão de Almeida, Anielle não vai a desfile do 7 de Setembro

Este embate judicial não apenas coloca em xeque a interpretação da lei sobre paródias, mas também traz à tona o debate sobre a liberdade de crítica a figuras públicas e instituições. A ordem para que a Meta, proprietária do Instagram, remova o conteúdo, adiciona uma camada adicional de complexidade, envolvendo o papel das plataformas digitais na moderação de conteúdo político.

 

A multa estipulada de R$ 40 mil em caso de descumprimento da ordem judicial demonstra a seriedade com que o tribunal está tratando a questão. No entanto, a alegação de Pavinatto de que se trata de censura ecoa preocupações mais amplas sobre o equilíbrio entre proteção autoral e liberdade de expressão no contexto político brasileiro atual.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram

Entre no nosso Grupo de WhatAppCanal e Telegram

 

Este caso promete ser um ponto de inflexão no debate sobre os limites da sátira política e os direitos dos artistas, podendo estabelecer precedentes significativos para futuros conflitos similares no cenário jurídico e político nacional. 

 

Fonte: Uol

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Email:

Mensagem:

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.