Vídeo mostra baile funk em comunidade com pessoas armadas atirando para o alto
Em plena luz do dia, cantores de funk num palco montado no meio da rua e uma multidão de jovens dançando enquanto outros registram tudo com o celular.
Uma cena aparentemente comum no cotidiano em comunidades cariocas não fosse um detalhe: alguns dos frequentadores armados atirando para cima. Um vídeo compartilhado nas redes sociais neste sábado mostra imagens de homens armados dançando e atirando. Ao lado, menores de idade aparecem tampando os ouvidos no momento dos disparos.
O show foi de Marlon Brendo Coelho Couto Silva, o MC Pozé do Rodo, e aconteceu na madrugada de sábado, no Jacaré, Zona Norte do Rio. A 25ª DP (Engenho Novo) investiga o caso. Pozé, que já foi preso por fazer apologia a uma facção criminosa num show em Mato Grosso em setembro do ano passado, vai ser intimado pela distrital. Na época em que foi detido, mais de 40 adolescentes foram flagrados no show com álcool e drogas. A defesa de Pozé alegou que ele não era responsável pela organização do show. O EXTRA não conseguiu contato com a defesa do cantor.
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Balas perdidas e prejuízos
No vídeo, é possível ver pistolas e fuzis disparando para o alto. O especialista em armas de fogo, Vinicius Cavalcante, viu o vídeo e afirmou que as pistolas que aparecem na filmagem são equipadas com carregadores de grande capacidade.
— Estas armas convertidas para fogo automático, o cidadão não pode ter. Numa favela, num combate aproximando com a polícia, ela vai jogar uma quantidade muito grande de munição no alvo e pode gerar uma enorme quantidade de balas perdidas. Portanto, estes disparos de projéteis para o alto vão cair em algum lugar, podem furar caixas d'água e gerar prejuízos — diz.
Segundo o especialista, estas pistolas são proibidas em quase todos os lugares do mundo e entram aqui clandestinamente.
— Elas servem para substituir as submetralhadoras, principalmente em ambientes de comunidades, onde é mais fácil operar com uma pistola do que uma arma longa mais volumosa — completa.
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