O vereador Arnold Lucas foi um dos primeiros a se posicionar contra a proposta e usou as redes sociais para expressar sua indignação.
A proposta do prefeito de Itacoatiara, Mário Abrahim (Republicanos), de aumentar o próprio salário para R$ 27 mil gerou revolta e desencadeou uma onda de críticas, especialmente entre os vereadores. Em um projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal na última segunda-feira (28), o prefeito sugeriu não apenas seu aumento salarial, mas também o da vice-prefeita, que passaria a receber R$ 18 mil, e o dos secretários, que teriam um reajuste para R$ 13.300.
O vereador Arnold Lucas foi um dos primeiros a se posicionar contra a proposta e usou as redes sociais para expressar sua indignação. Segundo ele, o aumento é injusto e incompatível com a realidade de grande parte dos servidores municipais, que sofrem com salários defasados e planos de carreira ultrapassados.
“O prefeito quer aumentar o seu salário para R$ 27 mil, enquanto os servidores municipais estão com seus salários defasados, com seus planos de carreiras totalmente ultrapassados. Ele pensou apenas nele”, disse Arnold Lucas em seu vídeo, que rapidamente circulou pelas redes sociais, intensificando o debate público.
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Além das questões morais, o vereador questionou a legalidade da proposta. Arnold Lucas apontou que o projeto infringe a Lei Orgânica do município, que exige que qualquer alteração salarial de prefeitos, vice-prefeitos e secretários seja enviada com antecedência mínima de 30 dias antes das eleições. “Como o prefeito mandou esse projeto muito depois do pleito, ele é inconstitucional e ilegal. Mesmo que passe na Câmara, irei à Justiça para anular essa lei e esse aumento”, afirmou o vereador, demonstrando determinação em barrar a iniciativa.
A reação popular ao projeto tem sido negativa, com cidadãos de Itacoatiara expressando descontentamento nas redes sociais, especialmente em um momento em que a situação financeira do município impõe desafios a setores essenciais, como a educação e a saúde. Enquanto garis, professores e profissionais da saúde enfrentam dificuldades com a defasagem salarial, o aumento proposto para o Executivo é percebido como um ato de desrespeito aos trabalhadores e à população.
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O prefeito Mário Abrahim, até o momento, não se manifestou sobre a polêmica, e o projeto aguarda deliberação na Câmara Municipal. Dada a oposição já expressa por alguns vereadores, o tema deverá ser alvo de intenso debate nas próximas sessões.
Fonte: Com informações CM7
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