29 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
23/01/2015

Mãe de jornalista sequestrado pede ao Estado Islâmico que liberte seu filho

Foto: Toru Hanai / Reuters

Junko Ishido chora durante coletiva em que pediu a libertação do filho que é um dos reféns japoneses sob poder do Estado Islâmico

A mãe do jornalista japonês sequestrado pelo Estado Islâmico (EI) fez nesta sexta-feira (23) um pronunciamento à imprensa pedindo a libertação de seu filho.

 

O apelo ocorreu no fim do prazo de 72 horas que o EI impôs para a execução do jornalista Kenji Goto e do empresário Haruna Yukawa.

 

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"Por favor, salvem a vida de Kenji", pediu Junko Ishido ao governo do Japão em depoimento feito no clube de correspondentes estrangeiros de Tóquio.


O grupo jihadista exigiu do governo japonês o pagamento de US$ 200 milhões em troca da vida de Goto e de Yukawa.


O Japão não recebeu nenhuma mensagem após a expiração do ultimato. "Não houve nenhuma mensagem" do EI, disse à imprensa o secretário do gabinete, Yoshihide Suga. "A situação é muito tensa", acrescentou.


"Membros de EI, por favor, libertem-no, ele [Kenji] não é seu inimigo", disse a mulher. "Meu filho sempre foi gentil desde pequeno e dizia que queria salvar a vida das crianças na guerra. Trabalhava de um ponto de vista neutro sobre os conflitos", acrescentou.


Durante o discurso, Junko se dirigiu ao grupo jihadista para ressaltar que o artigo 9 da Constituição japonesa proíbe a intervenção do país em conflitos bélicos. "Kenji é uma pessoa com um forte sentido da justiça. Se o libertarem, ele vai se dedicar a trabalhar para o futuro da Terra e das crianças", alegou, acrescentando que trocaria a sua vida pela de seu filho.

 


Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra dois reféns japoneses;

grupo ameaçou mata-los em 72 horas caso não

receba US$ 200 milhões de resgate (Foto: AP)

 

Entenda o caso


Em um vídeo divulgado na última terça-feira (20) na internet, o EI ameaça executar os reféns japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto, se não receber o pagamento de US$ 200 milhões no prazo de 72 horas.


O governo do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, garante que não recebeu nenhum contato direto por parte do EI em relação a prazos concretos, mas considera que o ultimato se encerrou às 14h50 locais (03h50 de Brasília), justo três dias depois que o Executivo teve notícia do vídeo.


Viúvo e com 42 anos de idade, Yukawa foi sequestrado em meados de agosto, quando supostamente colaborava com assistência logística para um grupo rebelde envolvido na guerra civil da Síria e rival do EI.


Goto, de 47 anos, foi para o território sírio controlado pelo EI no início de outubro do ano passado com a intenção de cobrir o conflito no terreno.


O jornalista retornaria ao Japão no dia 29 de outubro, mas foi sequestrado dias antes, quando perdeu o contato com seus familiares e amigos, segundo a imprensa japonesa.


O porta-voz do governo do Japão, Yoshihide Suga, disse hoje em entrevista coletiva que o governo está "em uma situação extremamente difícil, mas seguimos fazendo o esforço máximo a fim de libertar os reféns japoneses". 

 

Fonte: G1

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