Cientistas canadenses acreditam que a causa da tristeza profunda estaria no mau funcionamento dessas organelas
Mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com depressão, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS).
E a principal explicação para a origem dessa doença é um desequilíbrio bioquímico no cérebro que leva à diminuição de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, caso da dopamina e da serotonina, por exemplo.
Mas um time de pesquisadores da Universidade de Victoria, no Canadá, suspeita que a causa da tristeza profunda seja, na verdade, o mau funcionamento das mitocôndrias, organelas responsáveis por fornecer energia para as células.
A neurocientista Lisa Kalynchuk e sua equipe perceberam que quando as mitocôndrias não trabalham corretamente a produção de uma proteína chamada reelin é afetada. Isso é um problema porque ela tem como uma de suas principais funções reforçar a comunicação entre as células nervosas – processo pelo qual os tais neurotransmissores desempenham seu papel.
Principal explicação para a origem dessa doença é um desequilíbrio
bioquímico no cérebro (Foto: Reprodução)
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Não à toa, os experts canadenses notaram que baixos níveis de reelin estão associados a sintomas de depressão tanto em animais quanto em humanos. Em experimentos com ratos depressivos, Lisa viu que reforçar a dose dessa proteína contribuiu para deixar os bichinhos mais felizes. “Estamos tentando propor novas teorias neurobiológicas para as causas da depressão, o que poderia ser usado posteriormente para desenvolver tratamentos mais rápidos e eficazes”, diz a pesquisadora.
O próximo passo da equipe da Universidade de Victoria é entender quais outras células e sistemas estariam ligados à doença e como poderiam ajudar na descoberta de futuras terapias.
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