Caso foi anexado ao inquérito que investiga presidente Jair Bolsonaro no STF
Em seu primeiro despacho como relator do inquérito do presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes solicitou informações à Polícia Federal (PF) sobre outras investigações que foram anexadas ao processo. Entre elas está o inquérito que apura supostos crimes eleitorais do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente. O ministro quer se atualizar sobre o estágio dessas investigações, que podem explicar o interesse de Bolsonaro na PF. O processo no STF foi aberto justamente para apurar se o presidente tentou interferir nos trabalhos da Polícia Federal.
O despacho, assinado no domingo, mas lançado no inquérito nesta terça-feira, é curto: "Solicitem-se à autoridade policial designada nestes autos, informações sobre o andamento das investigações apontadas no despacho de polícia judiciária nº 458/2020 (fls. 889). Cumpra-se."
O documento a que Moraes se refere é de 21 de agosto de 2020 e é assinado pela delegada da PF Christiane Correa Machado. Nele, ela cita algumas apurações conduzidas fora do STF e que não têm Jair Bolsonaro como alvo.
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Em 17 de agosto, a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal decidiu por unanimidade que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deveria prosseguir as investigações no inquérito eleitoral que apurava se Flávio cometeu lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao declarar seus bens para a Justiça Eleitoral. De acordo com a decisão, os autos retornariam para o MPRJ para que as investigações continuassem.
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Em março, a Polícia Federal, que participou das investigações, enviou à Justiça um relatório defendendo o arquivamento do caso. No início de maio, o promotor Alexandre Themístocles, titular do MPRJ junto à 204ª Zona Eleitoral, discordou desse relatório, defendendo o prosseguimento das investigações e solicitando o apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do MPRJ, cujos promotores atuam no caso das suspeitas de "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O Globo