Contâiner com doses da vacina Sputnik V no Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires
A Argentina ultrapassou, nesta sexta-feira, o marco de 80 mil mortes provocadas pelo coronavírus, em meio a uma segunda onda da pandemia que tornou o país um dos que hoje apresentam as maiores taxas diárias de óbitos por milhão de habitantes, ou 11,81 — só superada atualmente pelo Suriname (12,18) e o Paraguai (16,2).
Com 45 milhões de habitantes, a Argentina registrou, até agora, um total de 3.915.397 casos e 80.411 mortes. Em termos de mortes totais por milhão de habitantes, o país tem uma taxa de 1.767, ultrapassada nas Américas pela mortalidade no Peru (5.609), no Brasil (2.208), nos Estados Unidos (1.801), na Colômbia (1.775) e no México (1.771), segundo o site Our World in Data, da Universidade de Oxford.
— A intensidade da pandemia pode diminuir no segundo semestre, mas teremos números altos ou intermediários e altos por alguns meses — disse o infectologista Roberto Debbag à Reuters.
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Embora o sistema de saúde argentino tenha resistido à crise até o momento, a situação é complexa: segundo dados do Ministério da Saúde, a ocupação de leitos de terapia intensiva chega a 77,9%.
Com o aumento dos casos, o governo impôs uma quarentena estrita de nove dias que terminou no fim de semana, mas o confinamento não parece ter apresentado os resultados esperados, já que os casos não diminuíram significativamente.
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Debbag explicou que a segunda onda começará a diminuir quando houver 30% ou 40% da população vacinada com duas doses, meta que seria alcançada nos próximos dois ou três meses. A vacinação avançou rapidamente nos últimos dias, mas até agora atingiu pouco mais de 13 milhões de argentinos. Desse total, menos de três milhões foram inoculados com as duas doses.
Fonte: O Globo