Enterro de vítima da covid-19 no Cemitério Vila Formosa, na zona leste de São Paulo, na manhã deste sábado (11)
O Brasil registrou nas últimas 24 horas mais 631 mortes causadas pelo novo coronavírus, de acordo com último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. Além dos novos óbitos, que elevaram o total a 72.100, o país também confirmou mais 24.831 novos casos da doença.
Agora, o total de infectados é de 1.864.681.
O número de mortes informado hoje pelo Ministério da Saúde quebrou uma sequência de cinco dias consecutivos com mais de mil vítimas fatais contabilizadas pela pasta. Mas, como já registrado em outros momentos da pandemia, os fins de semana costumam apresentar subnotificação de novos casos e óbitos.
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Ainda de acordo com o ministério, o Brasil tem hoje 669.377 pacientes em acompanhamento. O número de recuperados chegou a 1.123.204.
Bolsonaro critica 'pânico' na pandemia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que o combate à pandemia da covid-19 foi marcado pela "desinformação" e "pânico". Em publicação em suas redes sociais, intitulada "a hora da verdade", o presidente também falou sobre a situação econômica do país.
"A desinformação foi uma arma largamente utilizada. O pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar", disse.
B- Milhões de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um país na beira da recessão.
- Sempre disse que o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior que o próprio vírus.
B- Milhões de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um país na beira da recessão.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 12, 2020
- Sempre disse que o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior que o próprio vírus.
D- A desinformação foi uma arma largamente utilizada. O pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 12, 2020
- Não será fácil, mas havemos de recomeçar. BOM DIA A TODOS.
Na última terça-feira (7), Bolsonaro disse ter testado positivo para a covid-19. Em manifestações via redes sociais, ele também afirmou estar se tratando com hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.
'Blitz da Vida' no Rio
Ontem, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro aplicou 44 multas de R$ 107 a pessoas que circularam pelas praias sem máscaras durante a operação "Blitz da Vida". A ação, que foi repetida hoje, faz uma espécie de "pente-fino" nas praias cariocas para coibir aglomerações e exigir o uso de máscaras.
Mesmo com o risco de autuação, muitas pessoas aproveitaram o fim de semana ensolarado para romper o isolamento social, desrespeitando algumas das recentes restrições impostas pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).
As equipes realizaram abordagens no calçadão e também retiraram banhistas da areia, uma vez que só estão liberadas atividades físicas individuais nesses locais. Em Ipanema, um casal chegou a entrar em conflito com os agentes que tentavam retirá-los da areia, mas acabaram sendo liberados após gritos e tumulto em torno da intervenção policial.
Veículos se unem em prol da informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
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O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
UOL